segunda-feira, 4 de outubro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Internet mashup



Uma pérola que acabei de encontrar aqui pelo meu computador.

P.S.: clicar na imagem e fazer zoom, for full effect.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

De volta a Coimbra



Regressei do estágio na Catalunha faz já 15 dias, no entanto parecem ter passado 3 meses e, olhando para trás cerca de um ano (ter como cronologia exacta a data deste post http://another-hole.blogspot.com/2009/08/another-year.html ) sinto que quase uma "década" se passou e não perdoou (como costuma dizer uma amiga, "sinto-me velho, já não tenho idade para isto").

Tão imaturo que eu era para invocar "merda até aos joelhos", e as coisas lá acabaram por mudar. Bastante. Para melhor ou pior? Apesar da "década" pesar nas costas, sinto-me ainda incapaz de responder a esta pergunta. Quem sabe para o ano, e após mais 10 anos de vivência, eu por aqui apareça e vos (me) dê a resposta.

sábado, 14 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Kick ass



E nada melhor que um lança chamas para mostrar a qualidade desta graphic novel. Dia 6 sai a primeira issue do novo livro. Excited.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

Onde é que eu já vi esta guitarra?



Before sunrise
Before sunset
Quality cinema

quinta-feira, 22 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

God



is a spring roll

So stay awake



stay

segunda-feira, 19 de julho de 2010

You were born, today



to set sail, the prairie

sábado, 17 de julho de 2010

Aniversário

Ao que parece, o Happiness is a Knife fez anos no passado mês de Junho e, como pessoa séria e atenta que sou, esqueci-me. Bem, para celebrar a efeméride gostava que deixassem algumas opiniões na zona dos comentários sobre o que acharam deste ano de blog, se gostaram ou não gostaram, temas favoritos, sugestões para o futuro, enfim, o que vos passar pela cabeça (tudo serious business).

Quero também agradecer a todos os visitantes, aos esporádicos e aos habitués. Sim porque nada disto faz sentido se não houverem pessoas a ler. Espero que tenham e que continuem a encontrar algo de interessante no que escrevo e vou publicando aqui neste tasco. Espero sinceramente também ainda por aqui andar daqui a 11 meses. Será sinal que estou vivo.


Nota final: apercebi-me agora que este post perde toda a credibilidade que eventualmente poderia ter com o artigo da floribela a falar sobre o djaló mais em baixo.

Não aguentei... LOL

quarta-feira, 14 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

I'm not an addict



"maybe, that's a lie"

domingo, 11 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Love like sunset



"Acres
Visible horizon
Right where it starts and ends
When did we start the end?

Acres
Visible illusion
Where it starts it ends
Love like a sunset"

Goodbye blue sky

Tables they turn sometimes.



"I see alone we stand together we fall apart
Yeah, I think I'll be alright"

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ainda pode descer mais...



"... se os homens querem ver (...) ainda pode descer mais."

É inevitável

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Every time



"I never want to leave when I do"

sexta-feira, 2 de julho de 2010

"There is so much more"



"We've got nothing without each other, we've got nothing"

A badge



Someday I'm gonna come home
with a bag full of everything that you want, you know
Someday I'm gonna come home
with a bag full of everything that you want

And I'll be carrying flowers, like a soldier holds a gun
And I'll be carrying flowers, like a soldier holds a gun

Someday I'm gonna come home
with a badge that says exactly what's on my mind
Someday I'm gonna come home (wearing that badge)
and I'm gonna wear it all the time
Someday I'm gonna come home
with a badge that says you're mine

Someday I'm gonna come home

domingo, 20 de junho de 2010

More Chuck Klosterman for you

"The only people who believed in some kind of 'universal taste'- in other words, a consensual demarcation between what's artistically good and what's artistcally bad- are insecure, uncreative elitists who need to use somebody else's art to validate their own limited worldview. It never matters what you like; what matters is why you like it."

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cheguei a Lleida...

...e parece que já conheço as ruas e os becos (isto após horas e horas de volta do google maps à procura das universidades, apartamentos e outros pontos de interesse). Gostei do que vi até ao momento, embora Lleida também me pareça ter aquela aura deprimida e cinzenta, parecida mais uma vez com Coimbra, mas seguramente que é só a primeira impressão. Passei também pela reitoria e por um dos pólos universitários (Cappont) mas o gabinete de relações internacionais estava já fechado. Amanhã vou ver o apartamento em que devo ficar durante a minha estadia em Espanha (só não digo com segurança que fico lá porque ainda estou com medo que me apareçam uns trogloditas à frente).

Agora se calhar vou dormir um pouco, já que estou todo podre da viagem.

P.s.: nunca mais faço longas viagens de autocarro.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Demorou mas chegou

Hoje chegou finalmente a minha pre-order do novo album de Circa Survive "Blue Sky Noise" (quase duas semanas de atraso). E às prestações devo dizer, já que chegou primeiro o poster apenas por volta do meio dia, e eu a pensar que o resto já teria sido extraviado. O resto lá chegou um pouco antes das quatro, não me perguntem como pois o carteiro só passa aqui uma vez ao dia. Nesta package veio a versão deluxe do album com 4 músicas bónus de sessões acústicas e ainda uma t-shirt que cedo observarão no meu corpo esbelto (quem não me costuma ver regularmente não desespere, pode ser que apareça uma foto no blog ou no facebook etc etc).

Como o album ainda está fresco na minha cabeça, não vou começar com as minhas análises de pseudo-entendedor de música, fica isso para depois. Deixo-vos então de momento umas imagens low quality dos goodies e ainda a promessa de tirar uma foto ao meu quarto quando o poster tiver na parede, já que o interesse por tal é universal.







O resto das fotos não aparecem na pasta não sei porquê. Se elas se decidirem a aparecer eu depois edito o post.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conversas entre Basil Hallward, Lord Henry e Dorian Gray I


Presentes em "O Retrato de Dorian Gray" by Oscar Wilde



Basil:
"Tu não me compreendes, Harry.(...) Há uma fatalidade em toda a excelência física e intelectual, o tipo de fatalidade que tem perseguido ao longo da História os passos trôpegos dos reis. É melhor não sermos diferentes dos que nos rodeiam. Os feios e estúpidos são os que mais aproveitam do mundo. Podem sentar-se e olhar e bocejar à vontade. Se não têm qualquer noção do que seja a vitória, é-lhes pelo menos poupado o conhecimento da derrota. Vivem como todos nós devíamos viver, imperturbados, indiferentes e sem inquietações. Nunca causam a desgraça dos outros, nem sequer a recebem das mãos de outrem. O teu título e a tua fortuna, Harry; o meu cérebro, tal como é... a minha arte, o que quer que valha, a beleza do Dorian Gray... Havemos todos de sofrer por aquilo que nos concederam os deuses, de sofrer terrivelmente."

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Lord Henry: "Não existem boas influências, Mr. Gray. Todas as influências são imorais, imorais de um ponto de vista científico."

Dorian Gray: "Porquê?"

Lord Henry: "Porque influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma. O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. As suas virtudes não lhe são naturais. Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. Torna-se o eco de uma música alheia, o actor de um papel que não foi escrito por ele. O objectivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo. Hoje em dia, as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram o maior de todos os deveres, o dever para consigo próprias. É verdade que são caridosas. Alimentam os esfomeados e vestem os pobres. Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas. A coragem desapareceu da nossa raça e se calhar nunca a tivemos realmente. O temor à sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião, são as duas coisas que nos governam."

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Dorian Gray: "Julgas-me assim tão frívolo?"

Lord Henry: "Não, julgo-te assim tão profundo."

Dorian Gray: "Que queres dizer com isso?"

Lord Henry: "Meu caro rapaz, as pessoas realmente frívolas são as que só amam uma vez na vida. O que elas chamam lealdade ou fidelidade, chamo eu letargia do hábito ou falta de imaginação. A fidelidade representa na vida emocional o mesmo que a coerência na vida do intelecto, apenas uma confissão de impotência. A fidelidade! Tenho de a analisar um destes dias. Está intimamente associada à paixão da propriedade. Há muitas coisas que atiraríamos fora se não receássemos que outros as apanhassem. Mas não te quero interromper."

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Lord Henry: "Quando estamos apaixonados começamos sempre por ludibriar-nos e acabamos sempre ludibriando os outros. A isso chama o mundo um romance."

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Lord Henry: "As pessoas gostam muito de oferecer aquilo de que mais precisam. É o que eu chamo uma profunda generosidade."

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Pequena nota sobre as citações presentes no Happiness is a Knife, que provavelmente não irá interessar a ninguém, mas como rapaz obstinado e narcisista que sou, faço questão de partilhar:

Todas as citações colocadas neste blog têm o intuito de análise e reflexão por parte do leitor e não a ilustração de uma realidade absoluta. Eu mesmo posso não concordar com algumas delas. Mas o simples facto de possuírem ideologias bem denotadas e apelativas quer pela excelente construção sintáctica, quer pela beleza imagética criada, facilmente me conduzem por esse sinuoso e turbulento caminho que é o da formulação da opinião própria (mesmo sendo contrária). Espero que se deixem guiar também.

domingo, 18 de abril de 2010

Está quase decidido

Os leitores mais assíduos do Happiness is a knife lembram-se que aqui há alguns meses entrei em contacto com várias universidades em Birmingham, na tentativa de arranjar uma vaga para estágio no âmbito do programa LLL Erasmus. Em vão, uma vez que apenas duas universidades me concederam resposta, uma negativa devido à dificuldade e morosidade em estabelecer protocolos bilaterais entre os estabelecimentos de ensino em questão, uma positiva mas impossível, uma vez que essa faculdade não desenvolvia projectos na minha área de estudo.

Entretanto surgiu a oportunidade de realizar estágio na Polónia através de um professor polaco que se encontra a leccionar na ESAC este ano, garantindo não haver qualquer entrave na realização da mobilidade. Infelizmente tive que recusar a oportunidade, devido a motivos pessoais.

Por fim, entrei em contacto com uma universidade espanhola em Lleida, cidade que confesso nunca antes ter ouvido falar mas que fica a uns 100 kms de Barcelona e parece existir a possibilidade de realizar lá o estágio, faltando apenas discutir as áreas de investigação no âmbito da biotecnologia que mais me interessam.

Mas atenção, e antes que comecem com os precipitados "lá vai o saty para a rambóia outra vez" ou os "oh si cariño", que fique aqui bem assinalado que desta vez vai ser mesmo para trabalhar no duro, com a seriedade e empenho que me são característicos.

Ah, e outra curiosidade: é impressão minha ou Lleida parece uma Coimbra v.2?


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Wild Orchid Children


O Kirk Huffman não gosta de veados.

Depois dos Gatsby's American Dream entrarem em hiatus e do sucesso dos Kay Kay And His Weathered Underground, Huffman apresenta-se agora envolvido num outro side project, juntamente com Kyle O'Quin (also from GAD and KKAHWU) e ainda Thomas Hunter (Forgive Durden) chamado "Wild Orchid Children".

Em 2009 apresentaram-se com o EP denominado "The Elephant" e neste momento preparam o lançamento do seu LP de estreia (ainda sem nome divulgado). Agora vem a parte complicada em que vos tento transmitir ao que é que estes rapazes soam. Imaginem o hardcore rap dos Beastie Boys misturado com o rock desmedido na distorção dos Rage Against The Machine. Aliás, imaginem menos rap, mais rock e juntem-lhe uma pitada de dub e voilá, aí têm os Wild Orchid Children; com a sujidade do garage rock e ainda o funk tribal da terra e das criaturas que nela habitam.

Deixo-vos também aqui a bio oficial do myspace da banda, que ilustra bastante bem o universo WOC:

"It all began on a pilgrimage to the mountains of black diamond along lake sawyer. with the earth’s fungus in our blood we began the simple art of making vibrations. these vibrations transformed to notes, making music which rang the innards of our bodies and souls at such perfect pitches that our synapses began to receive messages and revelations. the secrets to the eternal universe, the tools for an archaic revival. we did not expect this calling, we only accept this calling. to be the porters of musical salvation, to rid this planet of fear and align the bio-sphere with the neo-sphere. for ahead of us, dear brothers and sisters, is the secret…"


Wild Orchid Children - Ahead of us the Secret  


Para acabar, não podia deixar passar outra oportunidade de postar o .gif do Kirk a gritar com o veado (retirado do video anterior) e exclamar o deveras popular "WTF!"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fang Island

É por causa de albums como este que contínuo um ávido consumidor de música nova. 

Este self titled apresenta uma sonoridade algo incomum: mistura de incursões progressivas com ritmos upbeat, quase pop eu arrisco, mas um pop psicadélico incansável, cheio de belas harmonias vocais bem como nas três guitarras e por vezes um synth, que preenchem a atmosfera sonora de forma sublime. Se os Sigur Rós fizessem música on speeds, provavelmente o resultado seria algo semelhante.

Poderia continuar com a adjectivação e palavras caras mas provavelmente não conseguiria fazer justiça ao que se passa no mundo de Fang Island.  Prefiro contar-vos o que sinto quando ouço este album.

A banda acaba por descrever o seu som como "everyone high-fiving everyone", devido ao all around "feel good" feel inerente. A mim faz-me reviver os tempos em que era um puto reguila e traquina, e embarcava em aventuras épicas por esse campo fora, fosse para gamar fruta nos pomares (e depois fugir para não levar porrada) ou montar bases secretas em forma de cabanas no meio do mato, onde formulava os meus planos maquiavélicos para dominar o mundo. Se esses momentos tivessem uma banda sonora, Fang Island com certeza estaria presente.

Podem ouvir o album por inteiro aqui: http://digital.fangisland.com/


Daisy

Fang Island go to kindergarten

segunda-feira, 29 de março de 2010

Culture Got You Down?

São quase quatro da manhã por alturas que escrevo este post (com as sonoridades de castevet no background musical) e ainda bem que não estou a dormir. Apetece-me partilhar coisas com os meus leitores... well, you people reading this.

Andava eu perdido pelas interwebs quando dou de cara com uma "short essay" bastante interessante por um tal de Chuck Klosterman, que nos faz pensar um pouco sobre os nossos gostos e sobre a forma como percebemos arte num sentido global. Faz-nos também reflectir sobre a importância e valor do relacionamento entre cultura popular e sub culturas, e o quão interessante são as possiveis diferenças e similaridades entre estas, quer seja em arte (música, cinema, dança...) political views, orientação sexual, religião, etc.


Aqui está ela. Espero que apreciem:

“Do you want to be happy? I suspect that you do. Well, here’s the first step to happiness: Don’t get pissed off that people who aren’t you happen to think Paris Hilton is interesting and deserves to be on TV every other day; the fame surrounding Paris Hilton is not a reflection on your life (unless you want it to be). Don’t get pissed off because the Yeah Yeah Yeahs aren’t on the radio enough; you can buy the goddamn record and play “Maps” all goddamn day (if that’s what you want). Don’t get pissed off because people didn’t vote the way you voted. You knew that the country was polarized, and you knew that half of America is more upset by gay people getting married than it is about starting a war under false pretenses. You always knew that many Americans worry more about God than they worry about the economy, and you always knew those same Americans assume you’re insane for feeling otherwise (just as you find them insane for supporting a theocracy). You knew this was a democracy when you agreed to participate, so you knew this was how things might work out. So don’t get pissed off over the fact that the way you feel about culture isn’t some kind of universal consensus. Because if you do, you will end up feeling betrayed. And it will be your own fault. You will feel bad, and you will deserve it.”

Frase do dia

"Eu bebo pouco, mas o pouco que bebo transforma-me noutra pessoa, e essa outra pessoa sim, bebe pra caralho!"

quinta-feira, 25 de março de 2010

Procura-se e com urgência se faz favor

Pen drive preta com uma risca prateada ao centro e sem tampa, porque quem a tem sou eu.

Se a emprestei é favor devolver...

Ass: Sara


segunda-feira, 22 de março de 2010

Into the wild e rant sobre cinema

Recentemente, tenho vindo a pensar bastante e a formular ideologias sobre alguns tipos de arte e o que elas representam, quer em termos de significado universal (o que é globalmente considerado pela maioria como excepcional) quer em termos de significado pessoal, visto que qualquer um de nós pode encontrar beleza no banal, no mais insignificante das coisas, onde nornalmente mais ninguém encontra, ou porque não se está realmente a ver ou porque ver nem sempre significa "assimilar com os olhos".


Uma das conclusões que recorrentemente vinha a formar prendia-se com o facto da sétima arte não estar ao mesmo nível de outras artes mais clássicas como a música, literatura, ou a pintura. Considerava eu que estas ultimas seriam mais eruditas, que teriam maior facilidade em ecoar na linha cronológica do tempo, que a sua mensagem e o seu valor poderiam atingir patamares universais e/ou pessoais inalcansáveis por qualquer obra de cinema.

Talvez houvessem alguns fundamentos reais para que esta ordem de ideias andasse a perpetuar no meu consciente, reais mas não lógicos.

Ano após ano, são-nos alimentadas quantidades incomensuraveis de filmes de qualidade dúbia ou intrisecamente medianos, e a meu ver, a grande maioria das pessoas que vão aos cinemas ou se sentam em casa em frente à tv ou ao pc não estão à procura de beleza, qualidade, arte. Estão sim à procura de passar algum tempo "entretidas" ou de um "date" fácil, já que podem poupar no latim durante umas duas horas e passar momentos agradáveis com o mínimo esforço, simplesmente a olhar para uma tela. Qualquer película serve estes propósitos e com isto, a indústria cinematográfica vai tendo relativo sucesso e a minha descrença pela sétima arte vai tendo a justificação real.


Tendo acabado de visualizar o "Into the wild" (2007) de Sean Penn, apoderou-se de mim o efeito "kick in the nuts", ou traduzindo para português , engoli a seco muito do que andava a pensar.

Este filme não fica em nada atrás em termos de valor, qualidade e mensagem comparativamente a outras obras apresentadas sob a forma de literatura, música, fotografia etc. Muito pelo contrário, fazendo jus aos pressupostos nos quais se ergueu a sétima arte, Into the wild utiliza e abusa de todos esses suportes, tornando-o assim numa experiência cinéfila variada e brilhante, como há já algum tempo eu não testemunhava.

Quer seja pelas constantes citações de clássicos literários como Liev Tolstói, Henry David Thoreau ou Lord Byron, quer seja pela banda sonora magnífica criada por Eddie Vedder (Pearl Jam) com a participação de Kaki King, quer pelo esplendido trabalho de fotografia realizado e pelo argumento de Sean Penn que nos mostra a beleza da natureza selvagem e o que é ser-se livre, Into the wild é uma obra sublime de arte que devia ser vista por todos, não só por ter qualidade universal e pessoal mas também por, de certa forma, ajudar a combater a descrença na sétima arte que se tem vindo a apoderar de muitas pessoas como eu, que julgo existirem por esse mundo fora.

domingo, 14 de março de 2010

Prometido é devido


"The unbearable lightness of being"
, obra prima de Milan Kundera, romance filosófico que nos conta a história de (des)amor entre Tomas e Teresa durante o período da invasão Soviética da Checoslováquia em 1968 e consequente periodo de ocupação.

Tomas é um cirurgião com elevado status social que acaba por se apaixonar por Teresa, uma rapariga simples do interior que entra na sua vida através de "6 coincidências predestinadas" e que acaba por se tornar fotógrafa. Apesar do sentimento que une os dois, Tomas não consegue abandonar a sua curiosidade sagaz em captar, "dissecar" e possuir o máximo de experiências sexuais diferentes, como um coleccionador que pretende completar a sua obra, e Teresa, não conseguindo abandonar Tomas devido ao seu amor incondicional, acaba por viver angustiada pelas suas infidelidades.

Desafiando o conceito de Nietzsche de "eternal recurrence", as meditações temáticas do romance assumem que cada pessoa tem apenas uma vida para viver, e o que acontece nesta vida é unico e nunca voltará a ocorrer, o que confere à vida a "leveza de ser"; em prol da recurrência eterna que impõe um "peso" na nossa existência e em todas as decisões que tomamos.

Seguindo o principio da "leveza" podemos inferir que o que acontece apenas uma vez poderia muito bem não ter acontecido nunca. Se temos apenas uma vida para viver muito bem a poderiamos não ter vivido. Isto porque, logicamente, viver perde todo o seu significado, todas as nossas decisões deixam de importar, o que as torna "leves" por não causarem sofrimento.

Contudo, ao mesmo tempo, a insignificância das nossas decisões (ou da nossa existência, uma vez que esta resulta dos nossos actos) causa-nos grande sofrimento, a nossa "insustentável leveza de ser" que advém da consciência que a nossa vida acontece apenas uma vez e nunca mais. Tudo o que fazemos é universalmente irrelevante.

É esta insignificância que se torna "insustentável" para nós, uma vez que todos desejamos que a nossa vida tenha um significado transcendente.



Fico-me de momento apenas por esta sinopse, guardando assim algumas das mais suculentas citações para um próximo post.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem costuma escrever até percebe que...

"A poem is never finished, merely abandoned." - Paul Valery

Podem contar com mais citações nos próximos dias, tenho praqui várias preparadas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A mulher perfeita...

...para mim claro está.

Por momentos dei comigo a pensar sobre este assunto, e o primeiro nome que me ocorreu foi o de Paz Lenchantin. Após alguns minutos de introspecção e reflexão (e também de uma pesquisa no google pics para avivar a mente), continuo a pensar o mesmo. Ora vejamos:


1º Mulher multi-instrumentalista, ou seja, percebe de música. Pralém da guitarra baixo é ainda proeficiente no violino, piano e guitarra. Não há nada mais sexy que uma mulher com uma guitarra. Pensando bem, se calhar até há mas não me vou alongar sobre o assunto.


2º Participou de uma das minhas bandas favoritas de sempre: A Perfect Circle, que nasceu da criatividade de Billy Howerdel e contou com a participação do irreverente mas também sublime vocalista dos Tool Maynard James Keenan, com o americano-japonês James Iha, ex-Smashing Pumpkins, o exoberante Jeordie White (Twiggy Ramirez) que já trabalhou com Marilyn Manson e com Trent Reznor nos Nine Inch Nails, entre outros.


3º Contribuiu ainda com uma série de arranjos para esse grande album que é o Songs For The Deaf dos gigantes stoner-rockers Queens Of The Stone Age.


4º Como se tudo isto não bastasse, é bem jeitosa a moça... ou foi. Na minha opinião continua muito bem conservada, apesar dos já 36 anos de idade. Mas idade é também irrelevante para este assunto. O que interessa é que assenta no meu "tipo".


5º Quanto à personalidade, nada posso escrever :sadface: mas aposto que é uma moça porreira, assim no geral.


Paz Lenchantin: The Hollow Constantly Consuming (eMotive remix)



Posto isto, caro leitor deste blog egocentrista e narcisista que nada acrescenta ao universo da blogosfera, se conheces alguma espécie de Paz Lenchatin (tirando a parte de ser mundialmente famosa e tocar em bandas da "cena"), é favor remetê-la aqui para o tasco ou dar-lhe o meu número de telefone para combinarmos um café.